A filha do Rei do Pântano

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Sinopse:

Helena tem um segredo: ela é o fruto de um sequestro. Sua mãe foi raptada quando ainda era adolescente e mantida em uma casa escondida no pântano de Michigan. Nascida dois anos depois do sequestro, Helena aprendeu a amar sua infância fora do comum – e aprendeu, até mesmo, a amar seu pai, um homem selvagem e brutal. Quando ele escapa da prisão, ela precisa encarar o passado que ocultou tão habilmente do marido e das filhas. Em uma caçada de tirar o fôlego, ela faz de tudo para encontrar seu pai enquanto reexamina os episódios da infância que moldaram seu futuro.


Meus amigos, que narrativa instigante! Comecei a ler sem muita expectativa, mas este é um livro que conseguiu me manter ao mesmo tempo curioso e apreensivo! A narrativa é fluída e acompanhamos o desenrolar da história pelos olhos de Helena, entre o passado e o presente de sua vida. A pequena Helena cresceu em meio a um ambiente hostil, o pântano, tendo apenas uma cabana como moradia. Seu pai, Jacob Holbrook, um descendente da tribo ojibwa, a treinou de forma tal qual se tornasse uma cópia de si mesmo. Ele a ensinou todos os macetes para sobrevier e ela aprendeu de forma exímia. Helena ama seu pai e o tem como um herói. Essa visão é contraposta com o fato de seu pai ser um homem cruel, sádico, um sequestrador, um estuprador, que raptou sua mãe forçando-a a viver com ele no pântano e que acaba é claro, dando à luz a pequena Helena.

A autora soube construir muito bem a relação entre Helena e seu pai, como quando aos 5 anos de idade ela ganha um presente dele (uma faca Bowie de dois gumes) e é oficialmente iniciada como uma caçadora ou nas palavras dela “Um homem da selva, como meu pai”.

Mesmo depois de adulta Helena mantém suas habilidades bem afiadas. Agora casada e com duas filhas pequenas, ela se vê forçada a enfrentar seu passado, um passado que tentou esconder de todos, chegando até a mudar seu sobrenome. No entanto, com a fuga de seu pai, preso por tantos anos, ela sabe que é a única pessoa hábil o bastante para encontra-lo. Mais do que uma caçada, este momento do livro é o desafio entre mestre discípulo, entre o amor e o dever.

“Eu nasci dois anos e meio depois que minha mãe foi levada para o cativeiro. Faltavam três semanas para ela fazer dezessete anos. Nós não éramos nem um pouco parecidas, nem fisicamente, nem de temperamento, mas posso imaginar o que deve ter sido para ela estar grávida de mim. ” – Karen Dionne

Apesar de ser uma ficção este livro aborda um tema sério, que é o sequestro e suas consequências. Mesmo quando é a pequena e inocente Helena narrando, dá pra sentir o peso desse tema.  Mais que um livro, esta história é um alertar sobre esse perigo.

O mais fantástico é que não senti em momento algum a história ficando monótona, depois que terminei o livro tive a impressão te ter assistido um daqueles ótimos filmes com um pouco de suspense, drama e ação! Quando lançarem alguma adaptação para o cinema, com certeza estarei lá para assistir!

Recheado de momentos bem tensos, que me fizeram rir e chorar, e até ficar sem ar, este livro é definitivamente um “MUST READ!”. Foi premiado com o Crimson Scribe, prêmio da Suspense Magazine para o melhor romance de suspense do ano, sendo listado por diversos veúculos de imprensa como um dos melhores thrillers de 2017.

Agora encerro minha resenhar aqui para não estragar a experiência ao leitor interessado.

Abraços.

Lian.

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